Francisco ROLLAND, Adagios, proverbios, rifãos e anexins da lingua portugueza tirados
dos melhores authores nacionaes, e recopilados por ordem alfabetica / por F. R.
I. L. E. L. Lisboa: Typ. Rollandiana, 1780, 341, [3] p.
Na segunda metade do século XVII, o fundo didáctico de apoio ao ensino dos jesuítas
e algumas bibliotecas ver-se-iam finalmente enriquecidas – e, inequivocamente, também
o património literário português – com os trabalhos de recolha e compilação de António
Delicado e de Bento Pereira, respectivamente, os Adagios Portuguezes Reduzidos a
Lugares-Comuns, em 1651, e Dos Principaes Adagios Portuguezes, com seu Latim
Proverbial Correspondente, em 1655 (com posteriores edições inseridas
na Prosodia in Vocabularium Bilingue Latinum, et Lusitanum).
Nos primeiros vinte anos do século XVIII, no seu copioso Vocabulário portuguez-latino,
aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico ... autorizado com exemplos
dos melhores escritores portuguezes e latinos, o Pe. Rafael Bluteau também
contempla os adágios e provérbios portugueses, os quais, em 1780, constituiriam
a principal fonte da colectânea de Francisco Rolland, por este intitulada Adagios,
Proverbios, Rifãos, e Anexins da Lingua Portugueza, Tirados dos melhores Authores
Nacionaes, e recopilados por ordem Alfabética por F. R. I. L. E. L., ou
seja, pelo próprio Francisco Rolland, dado que a sequência acrográfica corresponde
precisamente a «Francisco Rolland Impressor-Livreiro em Lisboa» (Inocêncio Francisco
da Silva, Diccionario Bibliographico Portuguez, Lisboa, Imprensa Nacional,
Volume III, 1862, p. 50.)